A delegação composta pelas lideranças que defendem o setor do tabaco na 10ª Conferência das Partes (COP 10) da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT), ocorrida em fevereiro, no Panamá, retornou desapontada. As questões ‘O que enfrentamos no Panamá?’ e ‘Com o que o setor do tabaco precisa se preocupar?’ foram tema do Missão Gaúcha na COP 10, realizado na tarde desta terça-feira, 19 de março, na Expoagro Afubra.
Com participação do deputado gaúcho Marcus Vinícius de Almeida e do secretário Estadual do Desenvolvimento Rural do RS, Ronaldo Santini, o evento teve a participação de representantes de entidades ligadas ao tabaco, lideranças políticas e produtores. Ao fazer a abertura do evento, o presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco, Romeu Schneider, explicou que qualquer pessoa que tenha alguma ligação com tabaco ou apenas viva na região produtora, é impedida de participar. “Saímos de lá extremamente frustrados. Foram situações sempre muitos constrangedoras”, disse, referindo-se às tentativas de participação nas diversas edições da COP já realizadas.
O deputado gaúcho Marcus Vinícius de Almeida disse que todos que têm qualquer preconceito com o tabaco deveriam visitar a Expoagro Afubra, que é uma feira da diversificação de culturas. Em sua apresentação, o parlamentar relatou a ação da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul (ALRS) na criação da Subcomissão em Defesa do Setor Produtivo do Tabaco e da ida ao Panamá para a COP 10. “Com base em audiências públicas, fizemos um relatório com nove itens e apresentamos ao Ministério da Agricultura, onde recebemos a sinalização de que a COP 10 seria diferente, que teríamos o, mas quando chegamos no Panamá, fomos impedidos de participar”, contou.
“Somos entes políticos eleitos pela comunidade gaúcha e temos um papel a cumprir. E a imprensa brasileira também foi impedida de ar”, enfatizou. “Isso tudo gerou uma moção de repúdio que foi entregue ao embaixador do Brasil no Panamá”, acrescentou. O parlamentar também falou das diversas fake news e posts tendenciosos e inverídicos nas redes sociais, com informações difamatórias. Ao encerrar sua explanação, Marcus Vinícius anunciou que está propondo junto à ALRS a criação de uma subcomissão para acompanhar a regulamentação dos DEFs e visando a proteção do setor do tabaco.
E o secretário Estadual do Desenvolvimento Rural do RS, Ronaldo Santini, falou que o preconceito que a cadeia produtiva sofre é porque muitos não conhecem a diversificação da produção. “O maior número de agroindústrias da agricultura familiar está na região produtora de tabaco”, salientou. “Precisamos também mostrar o acompanhamento que as indústrias têm junto aos seus produtores, na educação dos jovens, recolhimento de embalagens de agrotóxicos, reflorestamento e outras”, acrescentou. “É uma atividade legalmente constituída e nós, enquanto governo do Estado, estamos do lado dos produtores”, finalizou.
Assessoria de Imprensa da Expoagro Afubra 2024
Texto: Jorn. Cristina Severgnini
Fotos: Rodrigo Salles