A belíssima propriedade de Jeferson Stertz (39 anos) e Simone Catieli Chaves Stertz (33) – pais de Erick, de 11 anos, e Isadora, de 4 anos -, na Linha Paleta, interior de Arroio do Tigre, sediou hoje, 13 de dezembro, a III Abertura Oficial da Colheita do Tabaco do Rio Grande do Sul. Produtores da variedade Burley, a família Stertz ainda produz aveia e trigo no inverno e de milho (após colheita do tabaco) e soja no verão, além de produtos para a subsistência.
O presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), Iro Schünke, lembrou que o tabaco representa 10% das exportações gaúchas e é o segundo produto mais embarcado, atrás somente da soja. “Hoje é dia de resgatar o orgulho dos produtores de tabaco que com seu trabalho e dedicação mantêm o Brasil em destaque no cenário mundial, ocupando as posições de 2º maior produtor mundial e, desde 1993, de maior exportador de tabaco do mundo”.
O presidente da Afubra, Benício Albano Werner, ao lembrar os políticos que sempre apoiam a cadeia produtiva do tabaco, destacou que, “cada vez mais, precisamos de apoio, pois teremos a COP 9, em 2020, onde temos que fazer valer a persistência em defesa dos produtores”. Sobre a safra, a preocupação da Afubra pelo clima que vem castigando as lavouras. “Essa semana iniciamos a negociação de preço. Pedimos a sensibilização por parte das empresas. Sabemos que é difícil para as empresas. Mas, precisamos olhar os dois lados”, disse Werner, ao enfatizar que, “cada vez mais, nós produtores, precisamos do apoio dos órgãos públicos. Ou começam a olhar mais o lado da produção, ou cada vez mais, o produtor se sacrifica e não tem retorno financeiro”.
Presente no evento, o senador Luiz Carlos Heinze, disse que a “simbologia do evento é importante para divulgar a cultura do tabaco, a importância social e econômica”, se colocando à disposição para continuar defendendo o setor, em Brasília. Lembrou que o hoje presidente Bolsonaro, quando parlamentar, sempre votou a favor da cadeira e, agora, como dirigente do País, deixou claro que não pode ir contra uma cadeia que gera empregos.
O deputado federal Heitor Schuch, ao falar da importância do fumicultor, lembrou da luta pela cadeia, em Brasília. Ao finalizar, conclamou as empresas para que “façam um bom acordo e paguem um preço justo ao produtor pelo seu produto”. O deputado estadual Adolfo Britto, disse que a defesa da cadeia do tabaco, não é fácil, mas continua. “Iremos continuar brigando pelo fumicultor e divulgando a importância do setor”, disse Britto, ao pedir que haja bom senso para que o produtor possa ter um rendimento justo pelo seu produto. O deputado federal Marcelo Moraes, ao falar em seu nome e da deputada estadual Kelly Moraes, destacou que a Abertura da Colheita que “vem para valorizar o fumicultor que, de sol a sol, em pequenas propriedades tiram o sustento da sua família e gera riqueza”. Ainda pediu que o fumicultor seja valorizado durante a comercialização da safra, tanto no preço como na classificação.
O vice-presidente da Associação dos Municípios Produtores de Tabaco (AmproTabaco, prefeito de São Lourenço dos Sul, Rudinei Harter, pediu a “valorização do produtor para que ele possa se manter no campo. O fumicultor representa uma grande porcentagem na economia dos municípios”.
“Sabemos o sacrifício que é defender a cadeia produtiva do tabaco. Mas acredito que o atual governo vai brigar pelo setor que gera renda para as famílias, para os municípios, estados e Brasil”, disse Marciano Ravanello, prefeito de Arroio do Tigre. Ele ainda enfatizou que a fumicultura gera renda para as famílias pagarem estudos e modernização e diversificação das propriedades. Sobre a atual safra, Ravanello lembrou que o clima não está favorável à cultura e solicitou às empresas para que valorizem o fumicultor e seu produto.
Representando o secretário Covatti Filho, o diretor de Políticas Agrícolas e de Desenvolvimento Rural da Seapdr, Ivan Bonetti, disse que, com a criação da Câmara Setorial do Mercosul do Comércio Exterior, a Afubra e o SindiTabaco têm assento para tratar das exportações de tabaco, “produto de fundamental importância para o Estado”.
HOMENAGEM – A família que cedeu a propriedade para a realização do evento recebeu do SindiTabaco uma cesta com flores e da Afubra, uma cesta com produtos da Expoagro Afubra e um kit produtividade com insumos para o plantio de um hectare de milho.
ABERTURA – A organização da Abertura Oficial da Colheita do Tabaco foi da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), junto com a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) e Prefeitura de Arroio do Tigre, e reuniu 300 pessoas, entre produtores de tabaco, autoridades e imprensa.
PLANTE MILHO E FEIJÃO – Aproveitando a Abertura da Colheita do Tabaco, SindiTabaco, Afubra, Fetag, Farsul e Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural realizaram a do convênio do Programa Milho, Feijão e Pastagens após a colheita do tabaco. O programa incentiva a diversificação e a otimização no aproveitamento dos recursos das propriedades rurais.
Texto: Jorn. Luciana Jost Radtke/Fotos: Junio Nunes