A viabilidade da avicultura colonial de postura como alternativa para a diversificação na agricultura familiar foi o tema do Dia de Campo que a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) e a Embrapa Clima Temperado promoveram hoje (10), no Parque da Expoagro, em Rio Pardo/RS. Estiveram presentes 130 produtores de Gramado Xavier, Barros Cassal, Júlio de Castilhos, Salto do Jacuí, Vera Cruz, Cachoeira do Sul, Encruzilhada do Sul, Candelária, São Lourenço do Sul, Pelotas, Rio Pardo, Santa Cruz do Sul, Mato Leitão, Amaral Ferrador, o do Sobrado, Canguçu, Santa Vitória do Palmar, Taquari, Santa Rosa, Restinga Seca, Venâncio Aires, Faxinal do Soturno, Gravataí e Pinhal Grande.
Para o vice-presidente da Afubra, Heitor Álvaro Petry, a avicultura colonial tem um amplo espaço na agricultura familiar, necessitando, no entanto, de um trabalho de construção de mercado. Ao elogiar o trabalho da Embrapa na atividade, Petry destacou que a Afubra defende os interesses dos fumicultores e dos produtores em geral. “Não defendemos a substituição da cultura do tabaco mas sim, a introdução de novas culturas nas propriedades para, gradativamente, reduzir a dependência do fumicultor”, enfatizou o vice-presidente, ao lembrar que “86% do tabaco produzido no Brasil é exportado e isso significa que existe um mercado”.
O potencial da região fumicultora para entrar no mercado da avicultura colonial foi destacado pelo engenheiro agrônomo e pesquisador da Embrapa Clima Temperado, João Pedro Zabaleta. Ao falar sobre alguns dos benefícios da atividade – renda diversa ao longo do ano, benefícios ambientais, sociais e econômicos, geração de empregos locais, adubo e maior autonomia das propriedades – Zabaleta explicou que a intenção não é a substituição de outras culturas, mas que a avicultura colonial se torne um complemento de renda. “A avicultura colonial é uma atividade de fácil combinação com outras atividades de produção”, garantiu o pesquisador.
O manejo de poedeiras coloniais foi abordado pelo professor Marcos Anciuti, da CAVG/Instituto Federal Sul Rio-Grandense. Ele abordou a questão do uso da tecnologia para um melhor aproveitamento das aves e uma maior rentabilidade da atividade. Da Brastec Nutrição, Henrique Thiessen mostrou aos produtores presentes a nutrição das poedeiras coloniais. Após o almoço, os participantes do Dia de Campo visitaram o aviário colonial localizado no Parque da Expoagro Afubra.
Para o engenheiro agrônomo da Afubra, Marco Antonio Dornelles, o evento foi positivo pois mostrou uma nova possibilidade para as pequenas propriedades rurais. “A avicultura colonial tem um grande potencial e precisamos incentivar, cada vez mais, nossos agricultores familiares e investirem em novas fontes de renda para as suas propriedades”, enfatizou Dornelles ao revelar que a “intenção da Afubra é, por meio de parcerias como essa com a Embrapa, promover novos eventos como o de hoje”.
Maiores informações sobre avicultura colonial podem ser encontradas em http://www.act.embrapa.br/s/avicultura-colonial/.
Fonte: Departamento Comunicação Afubra
Luciana Jost MTb/RS 13.507