A Avicultura Colonial é uma atividade que possibilita a diversificação e qualificação da produção na agricultura familiar, assim como a oferta de alimentos diferenciados e a inclusão social, que fazem parte das áreas de atuação da Embrapa Clima Temperado, de Pelotas/RS e que será apresentada na Expoagro Afubra 2014. Além de informações sobre o desenvolvimento do projeto, vai contar com a classificadora de ovos com inspeção municipal.
O projeto de Avicultura Colonial busca o incremento na renda dos agricultores familiares em uma perspectiva na linha da Sustentabilidade em relação a economia, o ambiente e o social.
O programa utiliza rações formuladas tecnicamente ao manejo colonial, contendo farinha de batata-doce, transformando resíduos sem valor comercial em produtos de alto valor agregado, como ovos, carnes e o próprio frango colonial, sendo uma atividade simples e de fácil trato, podendo ser realizada pelos membros da família como crianças e também os idosos.
Neste sistema as aves são criadas com o em piquetes com pastagens, água e sombra, onde possam se exercitarem e diversificarem sua alimentação, ao proporcionar uma estimulação ao seu sistema imunológico. Essa estratégia alimentar faz com que se diminua o uso de medicação, onde a alimentação oferecida às aves, de origem vegetal, não utiliza resíduos animais.
Este sistema permite que o agricultor familiar possa ingressar na avicultura aumentando sua renda na propriedade durante o ano. “O incremento de retorno econômico pode ser variável, mas a renda vai depender das condições e desempenho do lote de aves”, considera o pesquisador João Pedro Zabaleta. Ele fala que a criação de aves pode ser iniciada com o número de 30 exemplares. O custo médio para investir na atividade pode girar em torno de 1.400 reais. “Quem quiser inserir-se no sistema de poedeiras, com 300 aves, o custo deve ficar em torno de 8 mil reais”, avalia.
Atuam em parceria o Instituto Tecnológico do Sul (IFSul/CAVG), agricultores e associações, Escola Técnica Estadual de Canguçú (ETEC), Expoagro-Rio Pardo, Universidade Estadual de Maringá (UEM/PR), Premix Sul Nutrição e colaboradores voluntários, entre outros.
Redação:
Laco Afonso/Embrapa Clima Temperado