Os produtores que visitam a Expoagro Afubra também podem conhecer a Meliponicultura. Trata-se das colméias de abelhas sem ferrão presentes no espaço da Emater/RS e do Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor (CAPA). São 15 espécies de abelhas entre Jatai, Mirim, Uruçu e Tabuna. Dentro do conceito de se desenvolver práticas agrícolas economicamente viáveis, ecologicamente sustentáveis, a Meliponicultura se enquadra dentro dos conceitos de diversificação e melhor uso das terras.
De acordo com Augusto Weber, técnico Agrícola do CAPA o objetivo deste trabalho é a preservação de abelhas nativas, que são responsáveis pela polinização de diferentes espécies vegetais, além da produção de mel. Cada colméia tem capacidade de produzir entre 100 gramas e 4 quilos de mel anualmente. A qualidade do produto é a mesma da produção de abelhas comuns, no entanto, há variações de cor, sabor e aroma. Por suas características, quando produzido em maior quantidade, com objetivo comercial, o mel das abelhas sem ferrão tem maior valor no mercado.
Estes animais são, de um modo geral, bastante dóceis e de fácil manejo. Por isso, dispensam o uso de roupas e equipamentos de proteção tais como macacão, luvas, máscaras e fumegadores, reduzindo os custos de sua criação e permitindo que essas abelhas sejam mantidas perto de residências ou de criações de animais domésticos.
Weber explica que estas abelhas, por serem silvestres, não estão disponíveis para comércio e que para se iniciar a produção o CAPA incentiva a preservação de enxames e o uso de caixas com iscas para a captura. Interessados em aprender mais sobre a Meliponicultura podem procurar o Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor, que desenvolve oficinas onde são ensinadas técnicas de captura e manejo. A sede do CAPA fica na Rua Thomaz Flores, 805, em Santa Cruz do Sul.
Foto: Lula Helfer/Afubra
Coordenadoria de Imprensa – Expoagro Afubra 2011
Jornalista Emanuele Mantovani
Reg. MTb. 12.704