A segunda rodada de negociação de preço para a atual safra de tabaco terminou sem acordo entre produtores de tabaco e indústrias fumageiras. Das seis fumageiras recebidas, duas não apresentaram proposta e as demais não chegaram ao percentual de reajuste proposto pelas entidades, que é de 17,7%. As propostas apresentadas variaram percentualmente de 9,12% até 12%, sobre as tabelas praticadas na safra ada.
“O objetivo desta segunda rodada foi de receber as propostas das indústrias e avançar na negociação. Isso não foi possível, pois as indústrias não chegaram ao que nós estamos propondo”, revela a Comissão. Com isso, a expectativa da Comissão representativa dos produtores é de uma nova rodada a partir da metade do mês de janeiro. “Novamente, esperamos que as empresas reconsiderem suas posições e não continuem desconsiderando a real variação do custo de produção”.
Outra medida que será tomada pela Comissão é manter uma audiência com o Ministério da Agricultura para denunciar que algumas empresas não estão cumprindo a Instrução Normativa nº 10, que trata da classificação do tabaco.
A Comissão recomenda aos seus produtores, frente a uma safra menor, que eles valorizem o seu produto e acompanhem a comercialização e pressionem por preço justo.
As entidades representativas dos produtores de tabaco e as lideranças das empresas fumageiras, se reuniram hoje, 17, de maneira individual com cada fumageira, na sede da Afubra, em Santa Cruz do Sul. A Comissão representativa dos fumicultores é formada pelas federações da Agricultura (Farsul, Faesc e Faep) e dos Trabalhadores Rurais (Fetag, Fetaesc e Fetaep) dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, e a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra).
Jorn. Luciana Jost Radtke