Organizado pelo Instituto Riograndense do Arroz (Irga), Cooperativa Agroindustrial Rio Pardo (Coparroz) e pela Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (Embrapa), o Dia do Arroz apresenta as novas variedades do grão e as tecnologias de produção. Os técnicos do Irga falam sobre as cultivares e controle de pragas e doenças e manejo, gestão e adequação ambiental. Os técnicos da Coparroz explicam o controle de pragas de grãos armazenados, limpeza de silos e armazéns e termometria. Já a Embrapa traz o Sistema Intensivo de Cultivo do Arroz (Sica) e apresenta as cultivares BRS Sinuelo CL e BRS Pampa.
CONTROLE DE PRAGAS
Segundo os técnicos do Irga, os danos provocados pelas doenças no arroz dependem da fase em que se encontra a cultura. Os maiores prejuízos ocorrem nos períodos de florescimento e enchimento de grãos, porque nelas se define o número de espiguetas férteis por panículas e peso de grãos. Também os componentes de qualidade de grãos, como o percentual de grãos inteiros são definidos nestes períodos.
O uso de cultivares com resistência às doenças é a opção de proteção mais econômica, eficiente e ambientalmente sustentável. À medida que são utilizadas cultivares com maior sustentabilidade às doenças históricas da região, haverá o aumento da resposta do rendimento de grãos ao uso dos fungicidas.
LIMPEZA DOS SILOS
Antes da colheita é recomendado ao produtor fazer uma limpeza completa do silo, podendo até lavá-lo. “A limpeza serve para desalojar toda e qualquer praga e o recomendado é aplicar fungicidas para desalojar os insetos nos cantos onde a vassoura não alcança. Este é o ponto fundamental da colheita e elimina a metade dos problemas”, explica Wanderley Zambarda, engenheiro agrônomo da Coparroz. A outra metade dos problemas, continua Zambarda, vem da lavoura, onde as pragas e insetos começam a se desenvolver na saída do inverno e se instalam no arroz durante o seu desenvolvimento a campo. Com isto, observa o agrônomo, durante o armazenamento tem que ser feita a termometria. Quando a temperatura começa a subir no interior do silo é um sinal da presença de insetos sendo aconselhado a fazer o expurgo com o uso da fosfina. Na leitura de Zambarda, isto é um trabalho lento e demorado. Ele orienta que, antes de colocar as pastilhas,o produtor deve vedar todas as entradas e usar lona plástica e deixar a fosfina agir por dez dias. Após isto, o produto estará pronto para ir para o descascador.
Zambarda traz presente que são três as principais pragas que afetam o arroz: o caruncho, que afeta a qualidade, o besouro de cereais e farinhas e a traça dos cereais. “Adotando a limpeza e o tratamento com fosfina, se elimina todas estas pragas e outros insetos. Quando o ataque é grande, as perdas são consideráveis”, salienta o agrônomo.
Coordenadoria de Imprensa – Expoagro Afubra 2011
Edemar Etges