Expoagro Afubra

Expoagro Afubra 2012 – Fórum debate produção florestal voltada à agricultura familiar

22 de março de 2012

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Nesta quarta-feira, segundo dia da Expoagro Afubra 2012, foi realizado o 1º Fórum Florestal Estadual na sala de reuniões, no Parque de Exposições.  Durante o evento foram debatidas questões de política florestal estadual, adequação das propriedades sob o novo código florestal, potencialidades e limitações da indústria de base florestal e experiência agrosilvopastoril. As palestras foram promovidas pela Seapa – Câmara Temática das Florestas Plantadas, Ascar-Emater/RS, Defap/Sema, Fetag-RS, Famurs, Comitê Base Florestal/Fiergs e Afubra.

No primeiro momento, o coordenador da Expoagro Afubra, engenheiro agrônomo Marco Dornelles, ressaltou a importância de realizar o debate durante o evento e de discutir as questões junto a produtores, lideranças e especialistas do setor. Também foi ressaltada pela mesa que é necessário que todas as cadeias dos produtores e órgãos-governamentais voltem suas atenções para o setor de extrema importância para Estado.

Jorge Farias, da Universidade de Santa Maria (UFSM), destacou o papel das instituições de ensino e universidades em promover debates voltados ao contexto da agricultura familiar para que possam ser criadas oportunidades. De acordo com ele, “todas as propriedades precisam de florestas”, elas são um eixo de desenvolvimento que agregam valor e não competem com a atividade agrícola ou pecuária.

Para dar início aos painéis, Rafael Ferreira, da Fiergs, destacou o papel do Comitê da Indústria de Base Florestal e Moveleira, formado por sindicatos e associações. Na sua apresentação falou sobre a distribuição de florestas no mundo (liderada pela Europa), evolução do comércio mundial de produtos florestais, além de números, como 523 milhões de hectares de florestas plantadas e nativas presentes no Brasil atualmente.

Ferreira também lembrou das metas e ações estabelecidas para o setor florestal, destacou a necessidade de políticas e programas nacionais e estaduais, o  Programa ABC – Agricultura de Baixo Carbono, desenvolvido pelo Ministério da Agricultura, iniciativas do setor privado, entre outros pontos. Ele também reforçou a importância da área ao apresentar a representatividade do setor para a economia gaúcha, sendo que representa 4% PIB gaúcho.

Em seguida, Gilmar Deponti, da Emater/RS, ressaltou a relação entre pecuária familiar, expressiva no Rio Grande do Sul, e sua relação com o plantio de florestas. De acordo com ele o sistema silvipastoril abre novas oportunidades ao produtor e, como consequência, aumento da renda. Nesse contexto é preciso pensar em um arranjo espacial para que haja o plantio de pasto em toda rotação da floresta.

Além dos benefícios para o produtor, o solo apresenta aumento de matéria orgânica, diminui a necessidade de adubação, entre muitos outros aspectos. As expectativas são as melhores. Ao unir floresta e pecuária as expectativas são muitas. Alongamento no ciclo do pasto no verão, permanência de pasto verde mesmo nas pequenas estiagens, mais conforto e pasto tenro para os animais, melhora do ambiente para espécies mais exigentes, mitigar emissão de gás metano com a fixação de carbono são algumas delas, afirma Deponti.

Da Fetag, Alexandre Scheifler também ressaltou a importância silvicultura para a propriedade rural. A atividade não agrega apenas valor e renda às propriedades, mas diminui a pressão sobre a vegetação nativa. Sobre o novo Código Florestal afirmou que é preciso adotar o bom senso, e promover assistência técnica e pesquisa no campo. Com a nova legislação listou 25 leis que devem incidir diretamente na propriedade familiar, que são mais de 90% das propriedades agrícolas no Estado. Ainda ressaltou a importância de se investir em iniciativas que tenham como base o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), prática já adotada em alguns municípios.

Por último, Roberto Ferron, do Defap/Sema, em seu afirmou que hoje as florestas cumprem papel social e ambiental para a sociedade. Para ele os municípios devem elaborar e organizar programas florestais e estimular, orientar e dar assistência técnica aos produtores. Ele chamou atenção, também, para o fato de que os usos setor florestal vão além da produção de celulose e papel.

O setor fornece matéria-prima para a construção civil, indústria moveleira, setor ervateiro, produção de mudas florestais, produtos não-madeiráveis (mel, cogumelo, frutas silvestres, fitoterápicos, palmitos), entre muitos outros. Na opinião de Ferron é preciso buscar parcerias e políticas que fortaleçam a cadeia produtiva, uma vez que hoje 50% da madeira para indústria moveleira gaúcha vêm de outros estados brasileiros. Há mercado regional, estadual, nacional e internacional para isso. Para que a realidade mude, no entanto, é preciso ensinar a pescar.

Coordenadoria de Imprensa – Expoagro Afubra 2012
Jornalista Heloísa Poll

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