Um dos maiores problemas enfrentados pelos criadores de ovinos é a alta incidência de verminoses. Adotando algumas práticas aliadas ao manejo correto, o criador consegue reduzir drasticamente a infestação. É o que afirmou a médica veterinária Mary Jane Tweedie Gomes, do Laboratório de Helmintologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), durante a palestra realizada hoje (23) pela manhã no estande da universidade, instalado no Parque de Exposições da Afubra. O estande é coordenado pelo curso de Engenharia Agrícola da UFRGS.
A veterinária explicou como ocorre a infecção dos ovinos e que as principais causas da verminose são a alta lotação, idade dos animais, introdução de animais parasitados na propriedade, estado nutricional dos animais e a forte influência do clima, como verões e invernos chuvosos. Os sinais de verminose, segundo Mary Jane, são o edema submandibular (papeira), anemia (mucosas pálidas), diarréia, perda de peso e mortes súbitas.
Mary Jane salientou que existem diversas maneiras de controlar a verminose, como a utilização de anti-helmínticos (vermífugos) de acordo com o parasito, separar os jovens dos adultos, descanso da pastagem (que ajuda a eliminar os parasitos), destino adequado das fezes e cochos de ração e bebedouros devem ser colocados em altura adequada para evitar contaminação com fezes.
A veterinária frisou que a escolha dos medicamentos é fundamental para que eles proporcionem o efeito desejado e sempre aplicar a dose certa, tanto oral quanto injetável, o que varia conforme o peso dos animais. Mary Jane defendeu ainda a necessidade de efetuar a cada 30 dias os exames, ou seja, o diagnóstico, o que mostra como está o controle das verminoses. Com isso, o criador evita uma medicação em excesso.
A veterinária solicitou que quando houver o óbito de um animal, que o produtor o encaminhe imediatamente ao Laboratório de Helmintologia para saber as causas e, a partir deste diagnóstico, adotar as medidas necessárias para evitar o óbito de outros animais da propriedade. “Com o diagnóstico da causa da morte do animal, é possível ajudar a eliminar os parasitos”, disse.Coordenadoria de Imprensa – Expoagro Afubra 2012
Edemar Etges