Tabaco

Primeira reunião da Câmara Setorial ocorre na Bahia

11 de abril de 2025

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Pautas como a COP 11, safra, 2024/2025, exportação e projeto de crédito de carbono estiveram em debate

A Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco realizou a 75ª Reunião Ordinária ontem, 10 de abril, no município de Cachoeira, na Bahia, e com participações online. O presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco e vice-presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Romeu Schneider, lembrou a realização da Conferência das Partes da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (11ª COP) e a quarta sessão da Reunião das Partes (MOP 4) do protocolo para Eliminar o Comércio Ilegal de Produtos do Tabaco, em novembro, ambas em Genebra, na Suíça. “Certamente teremos muitas discussões e precisamos ao menos conseguir inserir ideias e informações nas reuniões preparatórias para a COP. O Brasil tem em torno de 140 mil famílias produtoras, essencialmente pequenos produtores, e o tabaco é o que gera a renda. É uma parte da economia brasileira importante”.

O presidente da Afubra, Marcilio Drescher, falou sobre o andamento da safra 2024/2025. “Ainda não temos números consolidados, mas, até o momento, estamos com cerca de 30% comercializados e, bem diferente da safra ada, quando colhemos 508 mil toneladas, teve uma quebra de produtividade, o que deu uma situação mercadológica melhor. Nesta safra estamos calculando uma produção de quase 700 mil toneladas previstas. Nas primeiras pesquisas de comercialização, acompanhando nas notas oficias de venda, constatamos produtividade normal; porém, pode haver oscilação pois a comercialização está no início. Precisamos manter a oferta à demanda de produto, além da qualidade do nosso tabaco”.

O presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), Valmor Thesing, apresentou o fechamento de exportações de tabaco de 2024 e o primeiro trimestre de 2025. Em seguida, apresentou o projeto de Cooperação Técnica com a Embrapa: Solo Protegido – Diagnóstico, Promoção da Qualidade do Solo e da Sustentabilidade em Unidades Produtoras de Tabaco no Sul do Brasil. “Esse projeto vai durar cinco anos e visa avanços na sustentabilidade das propriedades”. Ao lembrar os 70 anos da Afubra que já foi fundada com o objetivo de diversificação, Thesing apresentou o programa Tabaco é Agro: diversificação das propriedades, que existe desde 1985, sempre incentivando a diversificação das propriedades fumicultoras.

Sobre a COP 11, ficou criado o Grupo de Trabalho que tratará sobre o assunto junto ao Ministério da Agricultura. A solicitação é da possibilidade de incluir representantes dos fumicultores e de parlamentares na Comissão Nacional para Implementação da Convenção-Quadro sobre Controle do Uso do Tabaco e de seus Protocolos (Conicq).

João Nicanildo, coordenador de Inovação e Monitoramento do Departamento de Gestão de Risco, da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuárioa (Mapa), apresentou o projeto Regeneração do Solo e Oportunidades de Créditos de Carbono como Mitigador de Riscos na Cadeia Produtiva do Tabaco. Levando em consideração a missão do Mapa em promover o desenvolvimento sustentável e a competitividade do agronegócio em benefício da sociedade brasileira, ele disse que já existe, há cerca de um ano, um projeto piloto na cultura do café. “A cadeia produtiva do tabaco é extremamente organizada e com relevância para o Brasil. Nossa sugestão é de implementar um programa dentro dela levando benefícios para todos, reduzindo impactos ao implementar práticas agrícolas sustentáveis com uma proposta de estratégia integrada”.

Texto: Jorn. Luciana Jost Radtke
Foto: Arquivo Afubra

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