Institucional

Produtores querem controle da produção mundial

3 de novembro de 2011

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Montar um plano para controle da produção de tabaco em nível mundial, com o objetivo de garantir preços mais satisfatórios aos fumicultores. A estratégia vem dos dirigentes dos países ligados à Associação Internacional dos Produtores de Tabaco (ITGA), que estiveram reunidos em assembleia geral na semana ada, na Tanzânia.

De acordo com o presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Benício Albano Werner, o plano quer adaptar os volumes de produção estritamente às necessidades de mercado. Além disso, a produção deve seguir linhas previamente determinadas, como o atendimento de questões sociais e ambientais, uma exigência cada vez mais acentuada pelos compradores internacionais.

A estratégia, analisa Werner, também visa confrontar a pressão internacional para baixa dos preços, provocada pelas indústrias cigarreiras no último período. “Na safra ada, a exemplo do ocorrido no sul do Brasil, o valor pago ao produtor em nível mundial foi bem menor”, diz. Como exemplo, o dirigente cita o Malawi. Em 2010, os fumicultores malawianos receberam U$ 1,90 pelo quilo da variedade burley e U$ 2,60 pelo virgínia. Em 2011, os valores despencaram para U$ 1,07 e U$ 2,18, respectivamente. Já no Zimbabwe, o preço do virginia caiu de U$ 2,89 para U$ 2,73.

Diferentemente do Brasil, as principais nações produtoras registraram queda de produção na última safra. Conforme o presidente da Afubra, os Estados Unidos está entre elas. Das 326 mil toneladas previstas, os norte-americanos colheram 294 mil toneladas. O declínio teve como principal fator a agem do furacão Irene, que atingiu a Carolina do Norte, Carolina do Sul e Virginia, os principais estados produtores.  No Zimbabwe, fatores climáticos também foram causa da produção menor. A previsão inicial indicava uma colheita entre 180 a 200 mil toneladas. Na prática, a produção atingiu somente 132 mil toneladas.

Para a nova safra, comenta Werner, o plantio deverá ser menor. No Brasil, a área cultivada deverá sofrer redução de 10%. O Zimbawe estima uma colheita em torno de 130 mil toneladas e a China, maior produtor individual, pretende reduzir sua produção de 2.500 mil toneladas para 2.400 mil toneladas.

Também presente na assembleia da ITGA, o secretário da Afubra, Romeu Schneider, retrata dados divulgados pelo Instituto Euromonitor durante o encontro no continente africano. Em 2010, o consumo legal do produto subiu 0,09% em volume, na comparação com o ano anterior. Em valores, calculado em dólar, o aumento foi de 8%. Já o volume do mercado ilegal cresceu 6%. O estudo, segundo Schneider, mostra que está ocorrendo um aumento dos impostos em nível mundial, o que provoca elevação no preço dos cigarros e estimula o mercado ilegal.

Uma análise mais ampla mostra que o consumo de cigarros na Europa e nos Estados Unidos vem decrescendo nos últimos anos. Na China, no entanto, a situação é inversa. Segundo o Euromonitor, os chineses consomem mais a cada ano. “Até 2015, o consumo deve crescer 22%”, completa o dirigente. Além de Werner e Schneider, a delegação da Afubra na assembleia da ITGA foi composta pelo conselheiro Heitor Álvaro Petry.

Mário André Poll – Departamento Comunicação Afubra

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