Março 2014 – A de renovação do Programa Milho & Feijão Após a Colheita do Tabaco foi realizada nesta terça-feira, 25 de março, após a solenidade de abertura da Expoagro Afubra 2014, em Rincão Del Rey, Rio Pardo (RS). A feira é considerada a maior do Brasil voltada à agricultura familiar e todos os anos recebe milhares de produtores rurais, muitos deles, produtores de tabaco.
Com a presença de diversas lideranças e autoridades, a renovação traz uma novidade: o programa ará a ser desenvolvido pelo Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), ampliando a cobertura da iniciativa e abrangendo os 83 mil produtores de tabaco gaúchos. Segundo Schünke, a indústria tem incentivado a diversificação há muitos anos. “Desde a década de 70 já incentivávamos o reflorestamento como forma de complemente de renda. Para a indústria um bom produtor é o diversificado. O tabaco vai continuar, por muitos anos, sendo a principal fonte de renda na agricultura familiar. Nosso incentivo à diversificação com o plantio de milho e feijão vem no sentido de aproveitar a adubação, preservar o solo, contribuir para a segurança alimentar das famílias produtoras e agregar renda. Estamos confiantes que este trabalho será ainda maior com o apoio das nossas empresas associadas e de suas equipes de campo que atualmente formam um contingente de 1,4 mil profissionais em toda a Região Sul do País”, afirmou.
O Programa Milho e Feijão Após a Colheita do Tabaco conta com a parceria do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, por intermédio da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por meio da Superintendência Federal de Agricultura no RS, da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande de Sul (Farsul), da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag) e da Associação dos Fumicultores do Brasil, entidade anfitriã da Expoagro Afubra.Segundo o governador gaúcho, Tarso Genro, presente no evento, as políticas públicas voltadas à saúde estão sendo utilizadas para mascarar interesses econômicos de outros países produtores. “Atualmente vemos uma forte campanha mundial contra o tabaco. E esta campanha está sendo encabeçada pelos mesmos países que se destacam na produção de tabaco, que tem interesse em estabelecer no cenário global uma concorrência desleal. Temos que nos unir, acima dos partidos políticos, para proteger nossa região, o direito de produzir tabaco e de fazer parte desta importante economia gaúcha. É importante que deslumbremos este cenário internacional, que favorece determinadas regiões em detrimento de outras, não para proteger a saúde, mas para fazer uma concorrência desleal. Estou associado por dezenas de projetos e trabalhos comuns com todos os prefeitos, de todos os partidos, independente de sua orientação politica, para trabalhar pelo RS. Estamos trabalhando por uma agregação de mais renda, para aproveitar a adubação, aproveitar a propriedade, através do milho e do feijão, aumentando a renda, para que os agricultores não estejam submetidos a estas conjunturas internacionais. Temos muito a produzir e muitos obstáculos a resolver. Esta região é de semeadura de riquezas. Viva o fumo e viva o trabalho da agricultura familiar”, saudou.
Segundo Francisco Signor, superintendente do MAPA/RS, o tabaco é responsável indireto pela diversidade do produtor gaúcho. “O desenvolvimento de uma região se traduz neste tipo de feira e as autoridades se sentem cada vez mais estimuladas. Esperamos que tenhamos uma boa discussão sobre o complemento da atividade, para que não percamos os saberes, os sabores e os valores daqueles que tão bem sabem produzir”, disse Signor.
Lideranças políticas da região, representantes da Assembleia Legislativa do RS e da Câmara dos Deputados, falaram da importância econômica e social da cadeia produtiva do tabaco, não apenas no Rio Grande do Sul, mas também em Santa Catarina e no Paraná. Ambos falaram da expectativa para a 6ª Conferência das Partes (COP 6) da Convenção Quadro para o Controle de Tabaco (CQCT), que deve acontecerem outubro, na Rússia, e que vai tratar de questões como a diversificação do setor. O representante do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Marcos Carlos Regelin, afirmou que o MDA estimula a diversificação, mas é parceiro dos produtores de tabaco. “Quem escolhe o que quer produzir é o agricultor familiar”, disse Regelin. O MDA é um dos ministérios que engloba a CONICQ, a Comissão Nacional para a Implementação da Convenção Quadro.
SAIBA MAIS – Em atividade desde 1985, o programa tem a expectativa de envolver os 160 mil produtores da Região Sul, incentivando-os no plantio de culturas alternativas com o aproveitamento da adubação residual da lavoura de tabaco. Além da estrutura de campo das empresas associadas ao SindiTabaco, técnicos das entidades parceiras também irão atuar na divulgação das vantagens do plantio da safrinha. Em Santa Catarina e no Paraná, a do convênio ocorreu no início de março.
Produção de tabaco no Rio Grande do Sul (safra 2012/13)
Fontes: Afubra, MDIC/SECEX e PriceWaterhouseCoopers
268 municípios produtores
83 mil produtores
332 mil pessoas no meio rural
171 mil hectares plantados
354 mil toneladas de tabaco produzidas
R$ 2,7 bilhões de receita aos produtores
US$ 2,34 bilhões em exportações em 2013
9,3% participação do tabaco no total das exportações gaúchas em 2013
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Eliana Stülp