Expoagro Afubra

Reunião debate a situação da cadeia produtiva da erva-mate

26 de março de 2014

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Trazer para o Vale do Rio Pardo as políticas públicas voltadas para a cadeia produtiva da erva-mate foi um dos objetivos da reunião realizada na tarde desta quarta-feira, 26, durante a Expoagro Afubra. O encontro foi promovido pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa), Instituto Brasileiro da Erva-Mate (Ibramate), Fundo Estadual do Mate (Fundomate) e Afubra.

O secretário executivo do Fundomate, Valdir Zonin, acentuou que nunca no Estado foram feitas tantas políticas públicas para a erva-mate como nos últimos anos. Zonin explicou o funcionamento do Fundomate e a aplicação dos recursos para a implantação das políticas públicas para a cadeia produtiva. Entre elas está o Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva da Erva-Mate (Prodemate), que será lançado em breve. Antes disso, porém, será preciso fazer o cadastro de todos os atores do setor, como as indústrias, os viveiristas e os produtores. Salinetou a necessidade de no momento não incentivar o plantio ou mesmo o replantio de novos ervais. “Precisamos, sim, impulsionar o consumo e melhorar a distribuição da erva-mate em nível de Brasil”, defendeu. Com o cadastro, observou Zonin, será possível saber se será necessário ou não o plantio de novas áreas.

Zonin convidou os presentes a participarem do Congresso Brasileiro de Erva-Mate, programado para o dia 5 de maio de 2014, em Venâncio Aires, durante a Festa Nacional do Chimarrão (Fenachim). Uma das bandeiras de luta do setor será a criação da Câmara Nacional da Erva-Mate.

O pesquisador do Ibramate Roberto Ferron, falou das ações do órgão desde que foi criado em 4 de janeiro de 2013, com sede no município de Ilópolis, RS. Acentuou que durante décadas, o setor ´caminhou com as próprias pernas`, ou seja, sem apoio dos governos. Ferron salientou que a cadeia produtiva é importante porque envolve 13 mil pequenos produtores, com uma área de 30 mil hectares no Estado e que nos últimos anos, foram erradicados mais de 10 mil hectares em função do desestímulo do produtor e pelo baixo preço pago pelo produto. Ferron estima que este ano sejam plantadas 20 milhões de mudas, o que representa 10 mil hectares, e este aumento preocupa as indústrias pois poderá haver um excesso de oferta nos próximos anos, o que poderá novamente baixar o preço pago ao produtor.Ferron falou da missão do Ibramate que é levar o chimarrão para o mundo. Falou, também, das ações do órgão, como estabelecer políticas públicas consistentes e duradouras para a cadeia produtiva da erva-mate. “O setor está se unindo para produzir uma produto de qualidade”, frisou.

Gilmar de Ponte, do Escritório Regional da Emater de Santa Maria, trouxe dados sobre a produção de erva-mate nesta região. Salientou que tem um trabalho inicial com unidades demonstrativas com a variedade Cambona 4, com experimentos bem sucedidos.

Há poucas semanas, foi criado o Polo Sul, o sexto polo ervateiro do Estado. Sérgio Pasa falou do que está sendo projetado para este polo e adiantou que seu município conta com plantas nativas da cultura, onde algumas têm 150 anos e que fornecem matéria-prima de excelente qualidade. Pasa frisou que o polo indicará e incentivará o plantio de erva-mate orgânica consorciada com mata para sombreamento, pois ela será exportada e destinada para a fabricação de medicamentos. Serão usadas plantas nativas daquela região para manter as características dos ervais do polo.

Coordenadoria de Comunicação – Expoagro Afubra 2014
Edemar Etges

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